terça-feira, 27 de setembro de 2011

FREDERICK W. TAYLOR


FREDERICK W. TAYLOR

I - DADOS HISTÓRICOS
Frederick Winslow Taylor (1856-1915) engenheiro norte-americano, foi aprendiz, operário, mecânico e engenheiro-chefe. Ele é considerado o pai da administração científica, cujos princípios se baseavam na estrutura formal e nos processos de organização.
Taylor entrou em contato com os problemas da administração em 1884, quando ele se tornou engenheiro-chefe da Midvale Steel Company. Ele reconheceu que, apesar da maneira superior e, muitas vezes, arrogante da administração em relação aos trabalhadores, em verdade eram essencialmente os trabalhadores que moviam as fábricas. Taylor observou os seguintes problemas:
     A administração não tinha noção clara da divisão de suas responsabilidades com o trabalhador.
     Havia malandragem em todos os postos de trabalho.
     As decisões administrativas baseavam-se na intuição e no palpite.
     Não havia integração entre os departamentos da empresa.
     Os trabalhadores eram colocados em tarefas para a mão-de-obra.
     Havia conflitos entre capatazes e operários a respeito da quantidade da produção.
Depois de estudar o problema, Taylor formulou a primeira apresentação sistemática da administração científica. Seu objetivo principal era resolver o problema dos salários, porque ele verificou que, no sistema de pagamento por dia de trabalho os homens logo concluíam que não havia nenhuma vantagem, para eles, em trabalhar arduamente, e eles diminuíam a produção em virtude de seus desejos de evitar cortes. Conseqüentemente, ele argumentava que, se a administração soubesse quanto tempo um homem levaria para completar o sue trabalho, esta informação eliminaria a necessidade de cortes. Em outras palavras, se a administração pudesse estabelecer padrões de desempenhos fixos, o trabalhador seria forçado a fazer um “bom dia de trabalho” para receber salários razoáveis. Além disso, a exata determinação científica da velocidade em que um trabalho poderia ser feito seria o meio de resolver o problema do salário.
Taylor usou dois tempos básicos no tratamento desta questão. Estes métodos eram: um estudo do tempo-base e a introdução de padrões diferenciais.
II - AS PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DE TAYLOR PARA ADMINISTRAÇÃO
 Em 1911, com base em sua experiência profissional, Taylor publicou o livro Princípios de Administração Científica, que enfatizava a necessidade de aumentar a produtividade.
Dando grande importância à administração da produção, Taylor preocupou-se com a supervisão e a eficiência dos empresários. A melhoria da produtividade do trabalhador, segundo esse autor, permite a evolução dos salários. As principais contribuições de Taylor foram:
· Constituição da Administração Científica como uma ciência em lugar do empirismo que antes era visto na Administração;
·      Técnicas científicas parta a Seleção e treinamento do trabalhador;
·      Articulação do trabalho com a ciência;
·      Divisão do trabalho e das responsabilidades, ou seja, organização funcional.
Segundo Reinaldo O. da Silva, a personalidade de Taylor pode ser examinada sob três aspectos:
a)           como experimentador e pesquisador;
b)          como autor e divulgador de seus experimentos;
c)           como formador de uma equipe e linha de pensamento.
Taylor conseguiu revolucionar os processos tradicionais dos métodos de trabalho através da aplicação de métodos científicos a muitas empresas norte-americanas.
Muitos dos métodos de Taylor não eram em si originais. A originalidade estava na aplicação destes métodos com a visão do engenheiro, o que até então era considerado domínio do costume, da tradição, do personalismo e da política.
 Os estudos de Taylor foram iniciados com a publicação do livro Administração de Oficinas que, em essência, dizia o seguinte:
      o objetivo de uma boa administração era pagar altos salários ter baixos custos de produção;
      a administração devia aplicar métodos científicos de pesquisa e experimento, a fim de formular princípios e estabelecer processos padronizados para o controle das operações de produção;
      os empregados tinham de ser cientificamente colocados em postos em que os materiais e condições de trabalho fossem cientificamente selecionados, para que as normas pudessem ser cumpridas;
      os empregados deviam ser cientificamente treinados para desenvolver uma atmosfera de cooperação para com os trabalhadores, de modo a garantir um ambiente que possibilitasse a aplicação dos outros aspectos mencionados.
No livro Princípios da Administração Científica, Taylor identificou as seguintes características da administração cientifica:
                 ciência em lugar de empirismo;
                 harmonia em vez de discórdia;
                 cooperação, não-individualismo;
                 máxima produção e não-restrição de produção;
                 desenvolvimento de cada homem para a sua máxima eficiência e prosperidade.
Taylor criou uma revolução mental, com a definição de regras para a melhoria da eficiência da produção, e, como resultado de seus estudos, descreveu o que denominou os quatro princípios básicos da administração cientifica:
1.    desenvolvimento de um método científico para o trabalho dos operários, o que substituiria o velho método da “regra do polegar” (empirismo no processo);
2.    estabelecimento de processo cientifico de seleção e treinamento do operário, para evitar a escolha sem critério, e o autotreinamento;
3.    cooperação entre as gerencias e os operários, de modo a garantir que o trabalho fosse feito de acordo com os princípios científicos desenvolvidos;
4.    divisão do trabalho dos operários em função da sua especialização, para a implementação da cooperação (eficiência) no processo de produção.
Um dos mais importantes princípios da administração cientifica de Taylor é o principio da exceção, pelo qual a administração deveria se concentrar nas tarefas estratégicas e de grande importância, deixando as tarefas padronizadas 4 a rotina para o pessoal operacional.
 III - APRECIAÇÃO CRÍTICA E VALIDADE DAS IDÉIAS, PRINCÍPIOS E CONCEPÇÕES NA ATUALIDADE
 A primeiro mérito de Taylor reside no fato dele ter feito na administração “uma abordagem científica”. Esta abordagem está baseada em fatos comprovados, não em tradição, costumes, adivinhação ou opinião pessoal.
O estudo do Tempo e Movimento de Taylor, onde é feita a subdivisão do trabalho nos elementos ou movimentos que o constituem, a fim de eliminar a ineficiência e o esforço inútil, até nos dias de hoje é uma prática adotada como metodologia administrativa.
As ferramentas e procedimentos padronizados também são utilizados atualmente.
A tarefa que Taylor determinou para cada operário, baseada em estudo de tempos, atualmente é aplicada como o que chamamos de “meta” de trabalho.
Por outro lado, o Trabalho Individualizado pregado por Taylor como forma de incentivo aos trabalhadores, é um conceito que atualmente não está muito em uso, pelo contrário, a Teoria Administrativa atual enfatiza o desenvolvimento das tarefas em grupo.
Outro conceito de Taylor que atualmente é questionado é o do incentivo monetário que, apesar das críticas, ainda é muito utilizado pelas empresas.
Taylor via o treinamento dos funcionários como uma responsabilidade da gerencia, o que, atualmente é um conceito muito utilizado pelos gerentes.
A seleção científica pregoada por Taylor como a melhor forma de contratação de pessoas corretas para as funções a serem desempenhadas, foi um esboço do que se conhece atualmente na área da Psicologia Industrial e da Administração de Pessoal.
Nos anos cinqüenta, os japoneses retomaram as idéias de Taylor para renovar sua industria e criaram o conceito de kaizen e de suas técnicas (especialmente a cronometragem de tarefas) revela que se trata nada mais nada menos que de taylorismo. Os resultados alcançados com a aplicação dessa técnica, bem como a subseqüente popularidade da guerra ao desperdício, fariam os princípios da administração científica continuar a desfrutar de grande interesse na virada do milênio.
As principais críticas desenvolvidas contra as concepções de Taylor foram feitas pelos gerentes e sindicatos trabalhistas, que julgavam ameaçados seus privilégios e comodismos. Em 1915, Robert Hoxie publicou um relatório onde dizia que a administração científica lidava apenas aspectos mecânicos, desconsiderando os aspectos humanos da produção.
No entanto, Hoxie reconheceu que o taylorismo oferecia à gerência meios de alcançar eficiência na produção, tornando viável menores custos e aumento da produção, sem implicar esforço extra dos trabalhadores, ou maior carga horária ou condições inferiores de trabalho. Ele também considerou que os métodos de Taylor criavam possibilidades de benefícios reais e substanciais para o trabalho e para a sociedade, o que significa o reconhecimento dos seus aspectos positivos.
As críticas ao sistema de Taylor podem ser resumidas em dois grupos :
-                  mecanização – que desestimula a iniciativa pessoal do operário, tornando-o “parte da máquina”, não considerando os seus aspectos psicossociais;
-                  esgotamento físico – resultado freqüente da ânsia do operário em realizar mais do que o previsto, para aumentar o seu pagamento;
Como conseqüência, este sistema tende a:
1.    especializar demasiadamente a produção do operário, tornando-o apêndice da máquina;
2.    destruir a iniciativa própria, e de algum modo o relacionamento interpessoal;
3.    atomizar o trabalho em demasia, minimizando as aptidões dos operários.
Muitas dessas restrições podem ser encontradas nos sistemas contemporâneos da realização do trabalho nas indústrias.
Taylor não podia ir além do que do que propôs na época em que viveu. Convém não esquecer que o aspecto fundamental e relevante de teoria e estudos não era o “sistema” de trabalho, mas eram a “doutrina”, a filosofia e os princípios sobre os quais a “administração cientifica” que concebera haveria de se assentar e expandir.
A forte oposição dos sindicatos trabalhistas, desenvolvida no decorrer da história, foi embasada em afirmações feitas por cientistas sociais que, desprovidos de informações, propalavam que administração cientifica tornaria impossível o alcance do ideal da democracia industrial.
Outra crítica contundente à administração científica é a de que Taylor não expôs claramente as suas idéias, foi pouco sistemático e passou de um assunto a outro sem transição lógica. Neste ponto alguns defendem que Taylor era um homem pratico, que não desenvolvia gosto pela escrita e nem possuía tempo para tal.
Também existem outros que argumentam que a administração cientifica desenvolveu as suas teorias de motivação de maneira muito simplista, uma vez que era enfatizada nos incentivos salariais, às custas dos outros aspectos da motivação.
Com relação às questões da abordagem científica da administração, e as técnicas do tempo e movimento, padronização, definição de metas, avaliação e feedback do trabalho, dinheiro como motivador, responsabilidade gerencial pelo treinamento, seleção cientifica, semana reduzida de trabalho e pausas para descanso, os pontos de vista de Taylor não somente estavam essencialmente corretos, como foram bem aceitos pela administração. Com respeito às questões das relações entre a administração, mão-de-obra e trabalho individualizado, é provável que Taylor estivesse apenas parcialmente correto, e só foi parcialmente aceito.
Quanto às seguintes críticas e acusações, estão totalmente falsas: modelo inadequado de Taylor da motivação do trabalhador, ignorância de fatores sociais, autoritarismo, tratamento de homens como se fossem máquinas, exploração de trabalhadores, anti-sindicalismo, e desonestidade pessoal. Varias beiram o ridículo. A acusação de excesso de especialização parece ser parcial, mas não totalmente justificada.
Considerando que já se passou aproximadamente um século da morte de Taylor e que nesse período ocorreu uma explosão do conhecimento, o registro do seu pensamento é notável. O ponto fundamental não é, como se diz freqüentemente, que ele estava certo no contexto de sua época, mas, que atualmente está ultrapassado, e sim que a maioria dos seus conceitos ainda são válidos.
 IV - BIBLIOGRAFIA
 SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teorias da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2000.
  MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria geral da administração: da escola cientifica à competitividade em economia globalizada. São Paulo: Atlas, 1997.

KUASNICKA, Eunice Laçava. Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 1995.


I - DADOS HISTÓRICOS
Frederick Winslow Taylor (1856-1915) engenheiro norte-americano, foi aprendiz, operário, mecânico e engenheiro-chefe. Ele é considerado o pai da administração científica, cujos princípios se baseavam na estrutura formal e nos processos de organização.
Taylor entrou em contato com os problemas da administração em 1884, quando ele se tornou engenheiro-chefe da Midvale Steel Company. Ele reconheceu que, apesar da maneira superior e, muitas vezes, arrogante da administração em relação aos trabalhadores, em verdade eram essencialmente os trabalhadores que moviam as fábricas. Taylor observou os seguintes problemas:
     A administração não tinha noção clara da divisão de suas responsabilidades com o trabalhador.
     Havia malandragem em todos os postos de trabalho.
     As decisões administrativas baseavam-se na intuição e no palpite.
     Não havia integração entre os departamentos da empresa.
     Os trabalhadores eram colocados em tarefas para a mão-de-obra.
     Havia conflitos entre capatazes e operários a respeito da quantidade da produção.
Depois de estudar o problema, Taylor formulou a primeira apresentação sistemática da administração científica. Seu objetivo principal era resolver o problema dos salários, porque ele verificou que, no sistema de pagamento por dia de trabalho os homens logo concluíam que não havia nenhuma vantagem, para eles, em trabalhar arduamente, e eles diminuíam a produção em virtude de seus desejos de evitar cortes. Conseqüentemente, ele argumentava que, se a administração soubesse quanto tempo um homem levaria para completar o sue trabalho, esta informação eliminaria a necessidade de cortes. Em outras palavras, se a administração pudesse estabelecer padrões de desempenhos fixos, o trabalhador seria forçado a fazer um “bom dia de trabalho” para receber salários razoáveis. Além disso, a exata determinação científica da velocidade em que um trabalho poderia ser feito seria o meio de resolver o problema do salário.
Taylor usou dois tempos básicos no tratamento desta questão. Estes métodos eram: um estudo do tempo-base e a introdução de padrões diferenciais.
II - AS PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DE TAYLOR PARA ADMINISTRAÇÃO
 Em 1911, com base em sua experiência profissional, Taylor publicou o livro Princípios de Administração Científica, que enfatizava a necessidade de aumentar a produtividade.
Dando grande importância à administração da produção, Taylor preocupou-se com a supervisão e a eficiência dos empresários. A melhoria da produtividade do trabalhador, segundo esse autor, permite a evolução dos salários. As principais contribuições de Taylor foram:
· Constituição da Administração Científica como uma ciência em lugar do empirismo que antes era visto na Administração;
·      Técnicas científicas parta a Seleção e treinamento do trabalhador;
·      Articulação do trabalho com a ciência;
·      Divisão do trabalho e das responsabilidades, ou seja, organização funcional.
Segundo Reinaldo O. da Silva, a personalidade de Taylor pode ser examinada sob três aspectos:
a)           como experimentador e pesquisador;
b)          como autor e divulgador de seus experimentos;
c)           como formador de uma equipe e linha de pensamento.
Taylor conseguiu revolucionar os processos tradicionais dos métodos de trabalho através da aplicação de métodos científicos a muitas empresas norte-americanas.
Muitos dos métodos de Taylor não eram em si originais. A originalidade estava na aplicação destes métodos com a visão do engenheiro, o que até então era considerado domínio do costume, da tradição, do personalismo e da política.
 Os estudos de Taylor foram iniciados com a publicação do livro Administração de Oficinas que, em essência, dizia o seguinte:
      o objetivo de uma boa administração era pagar altos salários ter baixos custos de produção;
      a administração devia aplicar métodos científicos de pesquisa e experimento, a fim de formular princípios e estabelecer processos padronizados para o controle das operações de produção;
      os empregados tinham de ser cientificamente colocados em postos em que os materiais e condições de trabalho fossem cientificamente selecionados, para que as normas pudessem ser cumpridas;
      os empregados deviam ser cientificamente treinados para desenvolver uma atmosfera de cooperação para com os trabalhadores, de modo a garantir um ambiente que possibilitasse a aplicação dos outros aspectos mencionados.
No livro Princípios da Administração Científica, Taylor identificou as seguintes características da administração cientifica:
                 ciência em lugar de empirismo;
                 harmonia em vez de discórdia;
                 cooperação, não-individualismo;
                 máxima produção e não-restrição de produção;
                 desenvolvimento de cada homem para a sua máxima eficiência e prosperidade.
Taylor criou uma revolução mental, com a definição de regras para a melhoria da eficiência da produção, e, como resultado de seus estudos, descreveu o que denominou os quatro princípios básicos da administração cientifica:
1.    desenvolvimento de um método científico para o trabalho dos operários, o que substituiria o velho método da “regra do polegar” (empirismo no processo);
2.    estabelecimento de processo cientifico de seleção e treinamento do operário, para evitar a escolha sem critério, e o autotreinamento;
3.    cooperação entre as gerencias e os operários, de modo a garantir que o trabalho fosse feito de acordo com os princípios científicos desenvolvidos;
4.    divisão do trabalho dos operários em função da sua especialização, para a implementação da cooperação (eficiência) no processo de produção.
Um dos mais importantes princípios da administração cientifica de Taylor é o principio da exceção, pelo qual a administração deveria se concentrar nas tarefas estratégicas e de grande importância, deixando as tarefas padronizadas 4 a rotina para o pessoal operacional.
 III - APRECIAÇÃO CRÍTICA E VALIDADE DAS IDÉIAS, PRINCÍPIOS E CONCEPÇÕES NA ATUALIDADE
 A primeiro mérito de Taylor reside no fato dele ter feito na administração “uma abordagem científica”. Esta abordagem está baseada em fatos comprovados, não em tradição, costumes, adivinhação ou opinião pessoal.
O estudo do Tempo e Movimento de Taylor, onde é feita a subdivisão do trabalho nos elementos ou movimentos que o constituem, a fim de eliminar a ineficiência e o esforço inútil, até nos dias de hoje é uma prática adotada como metodologia administrativa.
As ferramentas e procedimentos padronizados também são utilizados atualmente.
A tarefa que Taylor determinou para cada operário, baseada em estudo de tempos, atualmente é aplicada como o que chamamos de “meta” de trabalho.
Por outro lado, o Trabalho Individualizado pregado por Taylor como forma de incentivo aos trabalhadores, é um conceito que atualmente não está muito em uso, pelo contrário, a Teoria Administrativa atual enfatiza o desenvolvimento das tarefas em grupo.
Outro conceito de Taylor que atualmente é questionado é o do incentivo monetário que, apesar das críticas, ainda é muito utilizado pelas empresas.
Taylor via o treinamento dos funcionários como uma responsabilidade da gerencia, o que, atualmente é um conceito muito utilizado pelos gerentes.
A seleção científica pregoada por Taylor como a melhor forma de contratação de pessoas corretas para as funções a serem desempenhadas, foi um esboço do que se conhece atualmente na área da Psicologia Industrial e da Administração de Pessoal.
Nos anos cinqüenta, os japoneses retomaram as idéias de Taylor para renovar sua industria e criaram o conceito de kaizen e de suas técnicas (especialmente a cronometragem de tarefas) revela que se trata nada mais nada menos que de taylorismo. Os resultados alcançados com a aplicação dessa técnica, bem como a subseqüente popularidade da guerra ao desperdício, fariam os princípios da administração científica continuar a desfrutar de grande interesse na virada do milênio.
As principais críticas desenvolvidas contra as concepções de Taylor foram feitas pelos gerentes e sindicatos trabalhistas, que julgavam ameaçados seus privilégios e comodismos. Em 1915, Robert Hoxie publicou um relatório onde dizia que a administração científica lidava apenas aspectos mecânicos, desconsiderando os aspectos humanos da produção.
No entanto, Hoxie reconheceu que o taylorismo oferecia à gerência meios de alcançar eficiência na produção, tornando viável menores custos e aumento da produção, sem implicar esforço extra dos trabalhadores, ou maior carga horária ou condições inferiores de trabalho. Ele também considerou que os métodos de Taylor criavam possibilidades de benefícios reais e substanciais para o trabalho e para a sociedade, o que significa o reconhecimento dos seus aspectos positivos.
As críticas ao sistema de Taylor podem ser resumidas em dois grupos :
-                  mecanização – que desestimula a iniciativa pessoal do operário, tornando-o “parte da máquina”, não considerando os seus aspectos psicossociais;
-                  esgotamento físico – resultado freqüente da ânsia do operário em realizar mais do que o previsto, para aumentar o seu pagamento;
Como conseqüência, este sistema tende a:
1.    especializar demasiadamente a produção do operário, tornando-o apêndice da máquina;
2.    destruir a iniciativa própria, e de algum modo o relacionamento interpessoal;
3.    atomizar o trabalho em demasia, minimizando as aptidões dos operários.
Muitas dessas restrições podem ser encontradas nos sistemas contemporâneos da realização do trabalho nas indústrias.
Taylor não podia ir além do que do que propôs na época em que viveu. Convém não esquecer que o aspecto fundamental e relevante de teoria e estudos não era o “sistema” de trabalho, mas eram a “doutrina”, a filosofia e os princípios sobre os quais a “administração cientifica” que concebera haveria de se assentar e expandir.
A forte oposição dos sindicatos trabalhistas, desenvolvida no decorrer da história, foi embasada em afirmações feitas por cientistas sociais que, desprovidos de informações, propalavam que administração cientifica tornaria impossível o alcance do ideal da democracia industrial.
Outra crítica contundente à administração científica é a de que Taylor não expôs claramente as suas idéias, foi pouco sistemático e passou de um assunto a outro sem transição lógica. Neste ponto alguns defendem que Taylor era um homem pratico, que não desenvolvia gosto pela escrita e nem possuía tempo para tal.
Também existem outros que argumentam que a administração cientifica desenvolveu as suas teorias de motivação de maneira muito simplista, uma vez que era enfatizada nos incentivos salariais, às custas dos outros aspectos da motivação.
Com relação às questões da abordagem científica da administração, e as técnicas do tempo e movimento, padronização, definição de metas, avaliação e feedback do trabalho, dinheiro como motivador, responsabilidade gerencial pelo treinamento, seleção cientifica, semana reduzida de trabalho e pausas para descanso, os pontos de vista de Taylor não somente estavam essencialmente corretos, como foram bem aceitos pela administração. Com respeito às questões das relações entre a administração, mão-de-obra e trabalho individualizado, é provável que Taylor estivesse apenas parcialmente correto, e só foi parcialmente aceito.
Quanto às seguintes críticas e acusações, estão totalmente falsas: modelo inadequado de Taylor da motivação do trabalhador, ignorância de fatores sociais, autoritarismo, tratamento de homens como se fossem máquinas, exploração de trabalhadores, anti-sindicalismo, e desonestidade pessoal. Varias beiram o ridículo. A acusação de excesso de especialização parece ser parcial, mas não totalmente justificada.
Considerando que já se passou aproximadamente um século da morte de Taylor e que nesse período ocorreu uma explosão do conhecimento, o registro do seu pensamento é notável. O ponto fundamental não é, como se diz freqüentemente, que ele estava certo no contexto de sua época, mas, que atualmente está ultrapassado, e sim que a maioria dos seus conceitos ainda são válidos.
 IV - BIBLIOGRAFIA
 SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teorias da Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2000.
  MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria geral da administração: da escola cientifica à competitividade em economia globalizada. São Paulo: Atlas, 1997.

KUASNICKA, Eunice Laçava. Introdução à administração. São Paulo: Atlas, 1995.

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