FREDERICK W. TAYLOR
I - DADOS HISTÓRICOS
Frederick
Winslow Taylor (1856-1915) engenheiro norte-americano, foi aprendiz,
operário, mecânico e engenheiro-chefe. Ele é considerado o pai da
administração científica, cujos princípios se baseavam na
estrutura formal e nos processos de organização.
Taylor
entrou em contato com os problemas da administração em 1884, quando
ele se tornou engenheiro-chefe da Midvale Steel Company. Ele
reconheceu que, apesar da maneira superior e, muitas vezes, arrogante
da administração em relação aos trabalhadores, em verdade eram
essencialmente os trabalhadores que moviam as fábricas. Taylor
observou os seguintes problemas:
A
administração não tinha noção clara da divisão de suas
responsabilidades com o trabalhador.
Havia
malandragem em todos os postos de trabalho.
As
decisões administrativas baseavam-se na intuição e no palpite.
Não
havia integração entre os departamentos da empresa.
Os
trabalhadores eram colocados em tarefas para a mão-de-obra.
Havia
conflitos entre capatazes e operários a respeito da quantidade da
produção.
Depois de estudar o
problema, Taylor formulou a primeira apresentação sistemática da
administração científica. Seu objetivo principal era resolver o
problema dos salários, porque ele verificou que, no sistema de
pagamento por dia de trabalho os homens logo concluíam que não
havia nenhuma vantagem, para eles, em trabalhar arduamente, e eles
diminuíam a produção em virtude de seus desejos de evitar cortes.
Conseqüentemente, ele argumentava que, se a administração soubesse
quanto tempo um homem levaria para completar o sue trabalho, esta
informação eliminaria a necessidade de cortes. Em outras palavras,
se a administração pudesse estabelecer padrões de desempenhos
fixos, o trabalhador seria forçado a fazer um “bom dia de
trabalho” para receber salários razoáveis. Além disso, a exata
determinação científica da velocidade em que um trabalho poderia
ser feito seria o meio de resolver o problema do salário.
Taylor usou dois
tempos básicos no tratamento desta questão. Estes métodos eram: um
estudo do tempo-base e a introdução de padrões diferenciais.
II
- AS PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DE TAYLOR PARA ADMINISTRAÇÃO
Em
1911, com base em sua experiência profissional, Taylor publicou o
livro Princípios de Administração Científica, que
enfatizava a necessidade de aumentar a produtividade.
Dando
grande importância à administração da produção, Taylor
preocupou-se com a supervisão e a eficiência dos empresários. A
melhoria da produtividade do trabalhador, segundo esse autor, permite
a evolução dos salários. As principais contribuições de Taylor
foram:
· Constituição
da Administração Científica como uma ciência
em lugar do empirismo que antes era visto na Administração;
·
Técnicas científicas parta a Seleção e
treinamento do trabalhador;
·
Articulação do trabalho com a ciência;
·
Divisão do trabalho e das responsabilidades, ou seja,
organização funcional.
Segundo
Reinaldo O. da Silva, a personalidade de Taylor pode ser examinada
sob três aspectos:
a)
como experimentador e pesquisador;
b)
como autor e divulgador de seus experimentos;
c)
como formador de uma equipe e linha de pensamento.
Taylor
conseguiu revolucionar os processos tradicionais dos métodos de
trabalho através da aplicação de métodos científicos a muitas
empresas norte-americanas.
Muitos
dos métodos de Taylor não eram em si originais. A originalidade
estava na aplicação destes métodos com a visão do engenheiro, o
que até então era considerado domínio do costume, da tradição,
do personalismo e da política.
Os
estudos de Taylor foram iniciados com a publicação do livro
Administração de Oficinas que, em essência, dizia o seguinte:
o
objetivo de uma boa administração era pagar altos salários ter
baixos custos de produção;
a
administração devia aplicar métodos científicos de pesquisa e
experimento, a fim de formular princípios e estabelecer processos
padronizados para o controle das operações de produção;
os
empregados tinham de ser cientificamente colocados em postos em que
os materiais e condições de trabalho fossem cientificamente
selecionados, para que as normas pudessem ser cumpridas;
os
empregados deviam ser cientificamente treinados para desenvolver uma
atmosfera de cooperação para com os trabalhadores, de modo a
garantir um ambiente que possibilitasse a aplicação dos outros
aspectos mencionados.
No
livro Princípios da Administração Científica, Taylor identificou
as seguintes características da administração cientifica:
ciência em lugar de empirismo;
harmonia em vez de discórdia;
cooperação, não-individualismo;
máxima produção e
não-restrição de produção;
desenvolvimento de cada homem
para a sua máxima eficiência e prosperidade.
Taylor criou uma
revolução mental, com a definição de regras para a melhoria da
eficiência da produção, e, como resultado de seus estudos,
descreveu o que denominou os quatro princípios básicos da
administração cientifica:
1.
desenvolvimento de um método científico para o
trabalho dos operários, o que substituiria o velho método da “regra
do polegar” (empirismo no processo);
2.
estabelecimento de processo cientifico de seleção e
treinamento do operário, para evitar a escolha sem critério, e o
autotreinamento;
3.
cooperação entre as gerencias e os operários, de
modo a garantir que o trabalho fosse feito de acordo com os
princípios científicos desenvolvidos;
4.
divisão do trabalho dos operários em função da sua
especialização, para a implementação da cooperação (eficiência)
no processo de produção.
Um dos mais
importantes princípios da administração cientifica de Taylor é o
principio da exceção, pelo qual a administração deveria se
concentrar nas tarefas estratégicas e de grande importância,
deixando as tarefas padronizadas 4 a rotina para o pessoal
operacional.
III
- APRECIAÇÃO CRÍTICA E VALIDADE DAS IDÉIAS, PRINCÍPIOS E
CONCEPÇÕES NA ATUALIDADE
A
primeiro mérito de Taylor reside no fato dele ter feito na
administração “uma abordagem científica”. Esta abordagem está
baseada em fatos comprovados, não em tradição, costumes,
adivinhação ou opinião pessoal.
O
estudo do Tempo e Movimento de Taylor, onde é feita a
subdivisão do trabalho nos elementos ou movimentos que o constituem,
a fim de eliminar a ineficiência e o esforço inútil, até nos dias
de hoje é uma prática adotada como metodologia administrativa.
As
ferramentas e procedimentos padronizados também são
utilizados atualmente.
A
tarefa que Taylor determinou para cada operário, baseada em
estudo de tempos, atualmente é aplicada como o que chamamos de
“meta” de trabalho.
Por
outro lado, o Trabalho Individualizado pregado por Taylor como
forma de incentivo aos trabalhadores, é um conceito que atualmente
não está muito em uso, pelo contrário, a Teoria Administrativa
atual enfatiza o desenvolvimento das tarefas em grupo.
Outro
conceito de Taylor que atualmente é questionado é o do incentivo
monetário que, apesar das críticas, ainda é muito utilizado
pelas empresas.
Taylor
via o treinamento dos funcionários como uma responsabilidade da
gerencia, o que, atualmente é um conceito muito utilizado pelos
gerentes.
A
seleção científica pregoada por Taylor como a melhor forma
de contratação de pessoas corretas para as funções a serem
desempenhadas, foi um esboço do que se conhece atualmente na área
da Psicologia Industrial e da Administração de Pessoal.
Nos
anos cinqüenta, os japoneses retomaram as idéias de Taylor para
renovar sua industria e criaram o conceito de kaizen e de suas
técnicas (especialmente a cronometragem de tarefas) revela que se
trata nada mais nada menos que de taylorismo. Os resultados
alcançados com a aplicação dessa técnica, bem como a subseqüente
popularidade da guerra ao desperdício, fariam os princípios da
administração científica continuar a desfrutar de grande interesse
na virada do milênio.
As
principais críticas desenvolvidas contra as concepções de Taylor
foram feitas pelos gerentes e sindicatos trabalhistas, que julgavam
ameaçados seus privilégios e comodismos. Em 1915, Robert Hoxie
publicou um relatório onde dizia que a administração científica
lidava apenas aspectos mecânicos, desconsiderando os aspectos
humanos da produção.
No
entanto, Hoxie reconheceu que o taylorismo oferecia à gerência
meios de alcançar eficiência na produção, tornando viável
menores custos e aumento da produção, sem implicar esforço extra
dos trabalhadores, ou maior carga horária ou condições inferiores
de trabalho. Ele também considerou que os métodos de Taylor criavam
possibilidades de benefícios reais e substanciais para o trabalho e
para a sociedade, o que significa o reconhecimento dos seus aspectos
positivos.
As
críticas ao sistema de Taylor podem ser resumidas em dois grupos :
-
mecanização – que desestimula a iniciativa pessoal do
operário, tornando-o “parte da máquina”, não considerando os
seus aspectos psicossociais;
-
esgotamento físico – resultado freqüente da ânsia do
operário em realizar mais do que o previsto, para aumentar o seu
pagamento;
Como
conseqüência, este sistema tende a:
1.
especializar demasiadamente a produção do operário,
tornando-o apêndice da máquina;
2.
destruir a iniciativa própria, e de algum modo o
relacionamento interpessoal;
3.
atomizar o trabalho em demasia, minimizando as aptidões dos
operários.
Muitas
dessas restrições podem ser encontradas nos sistemas contemporâneos
da realização do trabalho nas indústrias.
Taylor
não podia ir além do que do que propôs na época em que viveu.
Convém não esquecer que o aspecto fundamental e relevante de teoria
e estudos não era o “sistema” de trabalho, mas eram a
“doutrina”, a filosofia e os princípios sobre os quais a
“administração cientifica” que concebera haveria de se assentar
e expandir.
A
forte oposição dos sindicatos trabalhistas, desenvolvida no
decorrer da história, foi embasada em afirmações feitas por
cientistas sociais que, desprovidos de informações, propalavam que
administração cientifica tornaria impossível o alcance do ideal da
democracia industrial.
Outra
crítica contundente à administração científica é a de que
Taylor não expôs claramente as suas idéias, foi pouco sistemático
e passou de um assunto a outro sem transição lógica. Neste ponto
alguns defendem que Taylor era um homem pratico, que não desenvolvia
gosto pela escrita e nem possuía tempo para tal.
Também
existem outros que argumentam que a administração cientifica
desenvolveu as suas teorias de motivação de maneira muito
simplista, uma vez que era enfatizada nos incentivos salariais, às
custas dos outros aspectos da motivação.
Com
relação às questões da abordagem científica da administração,
e as técnicas do tempo e movimento, padronização, definição de
metas, avaliação e feedback do trabalho, dinheiro como motivador,
responsabilidade gerencial pelo treinamento, seleção cientifica,
semana reduzida de trabalho e pausas para descanso, os pontos de
vista de Taylor não somente estavam essencialmente corretos, como
foram bem aceitos pela administração. Com respeito às questões
das relações entre a administração, mão-de-obra e trabalho
individualizado, é provável que Taylor estivesse apenas
parcialmente correto, e só foi parcialmente aceito.
Quanto
às seguintes críticas e acusações, estão totalmente falsas:
modelo inadequado de Taylor da motivação do trabalhador, ignorância
de fatores sociais, autoritarismo, tratamento de homens como se
fossem máquinas, exploração de trabalhadores, anti-sindicalismo, e
desonestidade pessoal. Varias beiram o ridículo. A acusação de
excesso de especialização parece ser parcial, mas não totalmente
justificada.
Considerando
que já se passou aproximadamente um século da morte de Taylor e que
nesse período ocorreu uma explosão do conhecimento, o registro do
seu pensamento é notável. O ponto fundamental não é, como se diz
freqüentemente, que ele estava certo no contexto de sua época, mas,
que atualmente está ultrapassado, e sim que a maioria dos seus
conceitos ainda são válidos.
IV
- BIBLIOGRAFIA
SILVA,
Reinaldo Oliveira da. Teorias da Administração. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2000.
MAXIMIANO, Antonio César Amaru.
Teoria geral da administração: da escola cientifica à
competitividade em economia globalizada. São Paulo: Atlas,
1997.
KUASNICKA,
Eunice Laçava. Introdução à administração. São Paulo:
Atlas, 1995.
I - DADOS HISTÓRICOS
Frederick
Winslow Taylor (1856-1915) engenheiro norte-americano, foi aprendiz,
operário, mecânico e engenheiro-chefe. Ele é considerado o pai da
administração científica, cujos princípios se baseavam na
estrutura formal e nos processos de organização.
Taylor
entrou em contato com os problemas da administração em 1884, quando
ele se tornou engenheiro-chefe da Midvale Steel Company. Ele
reconheceu que, apesar da maneira superior e, muitas vezes, arrogante
da administração em relação aos trabalhadores, em verdade eram
essencialmente os trabalhadores que moviam as fábricas. Taylor
observou os seguintes problemas:
A
administração não tinha noção clara da divisão de suas
responsabilidades com o trabalhador.
Havia
malandragem em todos os postos de trabalho.
As
decisões administrativas baseavam-se na intuição e no palpite.
Não
havia integração entre os departamentos da empresa.
Os
trabalhadores eram colocados em tarefas para a mão-de-obra.
Havia
conflitos entre capatazes e operários a respeito da quantidade da
produção.
Depois de estudar o
problema, Taylor formulou a primeira apresentação sistemática da
administração científica. Seu objetivo principal era resolver o
problema dos salários, porque ele verificou que, no sistema de
pagamento por dia de trabalho os homens logo concluíam que não
havia nenhuma vantagem, para eles, em trabalhar arduamente, e eles
diminuíam a produção em virtude de seus desejos de evitar cortes.
Conseqüentemente, ele argumentava que, se a administração soubesse
quanto tempo um homem levaria para completar o sue trabalho, esta
informação eliminaria a necessidade de cortes. Em outras palavras,
se a administração pudesse estabelecer padrões de desempenhos
fixos, o trabalhador seria forçado a fazer um “bom dia de
trabalho” para receber salários razoáveis. Além disso, a exata
determinação científica da velocidade em que um trabalho poderia
ser feito seria o meio de resolver o problema do salário.
Taylor usou dois
tempos básicos no tratamento desta questão. Estes métodos eram: um
estudo do tempo-base e a introdução de padrões diferenciais.
II
- AS PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DE TAYLOR PARA ADMINISTRAÇÃO
Em
1911, com base em sua experiência profissional, Taylor publicou o
livro Princípios de Administração Científica, que
enfatizava a necessidade de aumentar a produtividade.
Dando
grande importância à administração da produção, Taylor
preocupou-se com a supervisão e a eficiência dos empresários. A
melhoria da produtividade do trabalhador, segundo esse autor, permite
a evolução dos salários. As principais contribuições de Taylor
foram:
· Constituição
da Administração Científica como uma ciência
em lugar do empirismo que antes era visto na Administração;
·
Técnicas científicas parta a Seleção e
treinamento do trabalhador;
·
Articulação do trabalho com a ciência;
·
Divisão do trabalho e das responsabilidades, ou seja,
organização funcional.
Segundo
Reinaldo O. da Silva, a personalidade de Taylor pode ser examinada
sob três aspectos:
a)
como experimentador e pesquisador;
b)
como autor e divulgador de seus experimentos;
c)
como formador de uma equipe e linha de pensamento.
Taylor
conseguiu revolucionar os processos tradicionais dos métodos de
trabalho através da aplicação de métodos científicos a muitas
empresas norte-americanas.
Muitos
dos métodos de Taylor não eram em si originais. A originalidade
estava na aplicação destes métodos com a visão do engenheiro, o
que até então era considerado domínio do costume, da tradição,
do personalismo e da política.
Os
estudos de Taylor foram iniciados com a publicação do livro
Administração de Oficinas que, em essência, dizia o seguinte:
o
objetivo de uma boa administração era pagar altos salários ter
baixos custos de produção;
a
administração devia aplicar métodos científicos de pesquisa e
experimento, a fim de formular princípios e estabelecer processos
padronizados para o controle das operações de produção;
os
empregados tinham de ser cientificamente colocados em postos em que
os materiais e condições de trabalho fossem cientificamente
selecionados, para que as normas pudessem ser cumpridas;
os
empregados deviam ser cientificamente treinados para desenvolver uma
atmosfera de cooperação para com os trabalhadores, de modo a
garantir um ambiente que possibilitasse a aplicação dos outros
aspectos mencionados.
No
livro Princípios da Administração Científica, Taylor identificou
as seguintes características da administração cientifica:
ciência em lugar de empirismo;
harmonia em vez de discórdia;
cooperação, não-individualismo;
máxima produção e
não-restrição de produção;
desenvolvimento de cada homem
para a sua máxima eficiência e prosperidade.
Taylor criou uma
revolução mental, com a definição de regras para a melhoria da
eficiência da produção, e, como resultado de seus estudos,
descreveu o que denominou os quatro princípios básicos da
administração cientifica:
1.
desenvolvimento de um método científico para o
trabalho dos operários, o que substituiria o velho método da “regra
do polegar” (empirismo no processo);
2.
estabelecimento de processo cientifico de seleção e
treinamento do operário, para evitar a escolha sem critério, e o
autotreinamento;
3.
cooperação entre as gerencias e os operários, de
modo a garantir que o trabalho fosse feito de acordo com os
princípios científicos desenvolvidos;
4.
divisão do trabalho dos operários em função da sua
especialização, para a implementação da cooperação (eficiência)
no processo de produção.
Um dos mais
importantes princípios da administração cientifica de Taylor é o
principio da exceção, pelo qual a administração deveria se
concentrar nas tarefas estratégicas e de grande importância,
deixando as tarefas padronizadas 4 a rotina para o pessoal
operacional.
III
- APRECIAÇÃO CRÍTICA E VALIDADE DAS IDÉIAS, PRINCÍPIOS E
CONCEPÇÕES NA ATUALIDADE
A
primeiro mérito de Taylor reside no fato dele ter feito na
administração “uma abordagem científica”. Esta abordagem está
baseada em fatos comprovados, não em tradição, costumes,
adivinhação ou opinião pessoal.
O
estudo do Tempo e Movimento de Taylor, onde é feita a
subdivisão do trabalho nos elementos ou movimentos que o constituem,
a fim de eliminar a ineficiência e o esforço inútil, até nos dias
de hoje é uma prática adotada como metodologia administrativa.
As
ferramentas e procedimentos padronizados também são
utilizados atualmente.
A
tarefa que Taylor determinou para cada operário, baseada em
estudo de tempos, atualmente é aplicada como o que chamamos de
“meta” de trabalho.
Por
outro lado, o Trabalho Individualizado pregado por Taylor como
forma de incentivo aos trabalhadores, é um conceito que atualmente
não está muito em uso, pelo contrário, a Teoria Administrativa
atual enfatiza o desenvolvimento das tarefas em grupo.
Outro
conceito de Taylor que atualmente é questionado é o do incentivo
monetário que, apesar das críticas, ainda é muito utilizado
pelas empresas.
Taylor
via o treinamento dos funcionários como uma responsabilidade da
gerencia, o que, atualmente é um conceito muito utilizado pelos
gerentes.
A
seleção científica pregoada por Taylor como a melhor forma
de contratação de pessoas corretas para as funções a serem
desempenhadas, foi um esboço do que se conhece atualmente na área
da Psicologia Industrial e da Administração de Pessoal.
Nos
anos cinqüenta, os japoneses retomaram as idéias de Taylor para
renovar sua industria e criaram o conceito de kaizen e de suas
técnicas (especialmente a cronometragem de tarefas) revela que se
trata nada mais nada menos que de taylorismo. Os resultados
alcançados com a aplicação dessa técnica, bem como a subseqüente
popularidade da guerra ao desperdício, fariam os princípios da
administração científica continuar a desfrutar de grande interesse
na virada do milênio.
As
principais críticas desenvolvidas contra as concepções de Taylor
foram feitas pelos gerentes e sindicatos trabalhistas, que julgavam
ameaçados seus privilégios e comodismos. Em 1915, Robert Hoxie
publicou um relatório onde dizia que a administração científica
lidava apenas aspectos mecânicos, desconsiderando os aspectos
humanos da produção.
No
entanto, Hoxie reconheceu que o taylorismo oferecia à gerência
meios de alcançar eficiência na produção, tornando viável
menores custos e aumento da produção, sem implicar esforço extra
dos trabalhadores, ou maior carga horária ou condições inferiores
de trabalho. Ele também considerou que os métodos de Taylor criavam
possibilidades de benefícios reais e substanciais para o trabalho e
para a sociedade, o que significa o reconhecimento dos seus aspectos
positivos.
As
críticas ao sistema de Taylor podem ser resumidas em dois grupos :
-
mecanização – que desestimula a iniciativa pessoal do
operário, tornando-o “parte da máquina”, não considerando os
seus aspectos psicossociais;
-
esgotamento físico – resultado freqüente da ânsia do
operário em realizar mais do que o previsto, para aumentar o seu
pagamento;
Como
conseqüência, este sistema tende a:
1.
especializar demasiadamente a produção do operário,
tornando-o apêndice da máquina;
2.
destruir a iniciativa própria, e de algum modo o
relacionamento interpessoal;
3.
atomizar o trabalho em demasia, minimizando as aptidões dos
operários.
Muitas
dessas restrições podem ser encontradas nos sistemas contemporâneos
da realização do trabalho nas indústrias.
Taylor
não podia ir além do que do que propôs na época em que viveu.
Convém não esquecer que o aspecto fundamental e relevante de teoria
e estudos não era o “sistema” de trabalho, mas eram a
“doutrina”, a filosofia e os princípios sobre os quais a
“administração cientifica” que concebera haveria de se assentar
e expandir.
A
forte oposição dos sindicatos trabalhistas, desenvolvida no
decorrer da história, foi embasada em afirmações feitas por
cientistas sociais que, desprovidos de informações, propalavam que
administração cientifica tornaria impossível o alcance do ideal da
democracia industrial.
Outra
crítica contundente à administração científica é a de que
Taylor não expôs claramente as suas idéias, foi pouco sistemático
e passou de um assunto a outro sem transição lógica. Neste ponto
alguns defendem que Taylor era um homem pratico, que não desenvolvia
gosto pela escrita e nem possuía tempo para tal.
Também
existem outros que argumentam que a administração cientifica
desenvolveu as suas teorias de motivação de maneira muito
simplista, uma vez que era enfatizada nos incentivos salariais, às
custas dos outros aspectos da motivação.
Com
relação às questões da abordagem científica da administração,
e as técnicas do tempo e movimento, padronização, definição de
metas, avaliação e feedback do trabalho, dinheiro como motivador,
responsabilidade gerencial pelo treinamento, seleção cientifica,
semana reduzida de trabalho e pausas para descanso, os pontos de
vista de Taylor não somente estavam essencialmente corretos, como
foram bem aceitos pela administração. Com respeito às questões
das relações entre a administração, mão-de-obra e trabalho
individualizado, é provável que Taylor estivesse apenas
parcialmente correto, e só foi parcialmente aceito.
Quanto
às seguintes críticas e acusações, estão totalmente falsas:
modelo inadequado de Taylor da motivação do trabalhador, ignorância
de fatores sociais, autoritarismo, tratamento de homens como se
fossem máquinas, exploração de trabalhadores, anti-sindicalismo, e
desonestidade pessoal. Varias beiram o ridículo. A acusação de
excesso de especialização parece ser parcial, mas não totalmente
justificada.
Considerando
que já se passou aproximadamente um século da morte de Taylor e que
nesse período ocorreu uma explosão do conhecimento, o registro do
seu pensamento é notável. O ponto fundamental não é, como se diz
freqüentemente, que ele estava certo no contexto de sua época, mas,
que atualmente está ultrapassado, e sim que a maioria dos seus
conceitos ainda são válidos.
IV
- BIBLIOGRAFIA
SILVA,
Reinaldo Oliveira da. Teorias da Administração. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2000.
MAXIMIANO, Antonio César Amaru.
Teoria geral da administração: da escola cientifica à
competitividade em economia globalizada. São Paulo: Atlas,
1997.
KUASNICKA,
Eunice Laçava. Introdução à administração. São Paulo:
Atlas, 1995.
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Nossa maior conquista e um sorriso de agradecimento sincero.